Ela acordou cedo. Bem cedinho. Tomou um delicioso café da manhã na companhia do seu gato, abriu todas as janelas do apartamento e deixou que os raios de sol iluminassem cada canto daquele lugar, na tentativa de reproduzir a felicidade e o brilho que lhe enchiam o peito.
Tomou um banho bem fresco e vestiu o lindo vestido esvoaçante que havia separado para o dia de hoje. Ganhou de presente de aniversário de sua mãe.
A expressão de mulher se tornava leve a cada momento que ela observava o infinito e refrescava a mente com as memórias que resumiam o dia de hoje.
Seus gestos afloram a doçura de menina. Doçura essa que fazia com que apenas pensasse e aproveitasse o momento.
Sim, ela estava a comemorar mais uma data especial. Uma data que carregava muito do que havia acontecido durante todo o ano que se passou e que não tem mais nenhuma ligação com sua vida.
São rumos diferentes.
Foram caminhos percorridos de mãos dadas e que agora seguem por afluentes jamais navegados.
Ela passou a tarde em companhia de sua leitura, de seu gato e de suas lembranças. Tinha ali todo o conforto de que seu peito precisava para seguir em frente e criar forças para de novo viver e ver o que a vida lhe reservava.
Agora ela tem em seu diário mais uma anotação. Mais uma data especial.
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Essa foi uma forma simples de expressão...
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3 comentários:
...houvesse em nós a capacidade de ritualizar todos os dias "Uma Data Especial"...
...seria mais um passo em direcção ao Espírito diversificador.
"As Rotinas" murchariam rápidamente... a Inquietude seria o comando da nave.
xzaxuaxo
talvez até tenhamos essa capacidade.
e talvez essa ritualização seriam as chamadas "rotinas", não acha?
Sim seria uma nova rotina, só que produziria formas e vivências sempre em novidade.Não haveria repetição de nada.
Uma desrotina? sei lá....
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